quarta-feira, 19 de junho de 2019

Ato IX - Liberdade, dos Estados Nacionais à Prosperidade



Liberdade, dos Estados Nacionais à Prosperidade - Livro - Revolução Francesa - Jacobina - Revolução Gloriosa - Revolução Industrial - Liberdade

 
(NARRADOR)
A ruptura radicalizada da Revolução Francesa encaminhou-se rapidamente para uma ditadura jacobina com suspensão das garantias civis, terror e assassinatos. O processo da Revolução Inglesa limitou o poder do monarca e garantiu os alicerces institucionais do Estado: a liberdade comercial e científica, impostos controlados, proteção da propriedade privada e a segurança jurídica. Enquanto a ruptura francesa idealiza o conceito dos direitos universais e da liberdade dos indivíduos, são os ingleses que põem o conceito em prática. A burguesia chega ao poder e, visando a liberdade comercial, inicia um período sem precedentes de crescimento econômico e de elevação do padrão de vida das pessoas comuns. Os processos iniciados, de ruptura ou pressão, armados ou pacíficos, nos levam a transformações sociais irreversíveis.

CENA 
Descrição da cena: Margaret chega para trabalhar na fábrica têxtil após dois dias sem aparecer e encontra-se com Wanda, uma viúva sem filhos e Dorothy, sua vizinha.

WANDA              
(Surpresa) Olha só quem voltou!
MARGARET       
Olá “Fifi”! Achou que eu não viria?
WANDA              
Seu marido deixou você voltar para a fábrica?
MARGARET      
 Richard não pode me obrigar a ficar em casa. Emma já trabalha e eu não vou ficar lá sozinha. Você sabe bem como é.
DOROTHY         
Pelo menos Emma não está nas minas! Aquele lugar é horrível!
MARGARET       
Verdade Dorothy. Com o salário do Richard mais o meu, ela não vai precisar trabalhar nas minas. Ele torceu o nariz mas viu que era melhor para Emma.
WANDA              
Estão dizendo que você está usando roupas de algodão? É verdade?
DOROTHY         
Deixa de ser fofoqueira, sua viúva ranzinza!
MARGARET       
Não, tudo bem Dorothy. Eu estou usando sim Wanda, olhem (mostrando parte da roupa de baixo).
WANDA              
Coisa de pobre... (desdenhando)
DOROTHY         
Para Wanda! Deixa-me ver.. (observando) e é confortável?
MARGARET       
É outra vida! (Aliviada!) E é muito mais barato, posso até lavar. Não preciso me preocupar se vai gastar, não vou deixar para a Emma.
DOROTHY         
A minha roupa de lã (mostrando a resistência da roupa) veio de minha irmã, que herdou de nossa mãe. Ela mesma quem fez!
WANDA              
Como uma mulher de verdade deve fazer!
DOROTHY         
Não é muito confortável como a sua mas, como não lavamos, está durando. É grossa e esfarela, tem alguns buracos mas dá para usar.
WANDA              
Seu marido concorda que você use estas vestes de pobre?
MARGARET      Com o dinheiro do meu trabalho nós comemos e me sobra algum para eu fazer o que quiser com ele. Não é da conta dele. Muito menos da sua!       
WANDA              
Pois eu acho de extremo mau gosto.
DOROTHY         
Para você tudo é de extremo mau gosto.
WANDA              
Mulher de família tem é que cuidar do lar para seu marido e da educação das crianças. Não tem que trabalhar!
DOROTHY         
Daqui a pouco ela vai querer que voltemos ao campo como nossos avós, para puxar boi, dormir cheios de pragas e até passar fome de vez em quando.
MARGARET      
 Prefiro minha roupa de algodão barato! (Margaret e Dorothy riem)
WANDA         
(resmungando) Pobreza... Deus me livre!

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