quinta-feira, 29 de agosto de 2024

"A independência do Brasil’, editora BKCC resgata o poema épico de 1847 de Teixeira e Sousa sobre os eventos da independência.

 

AOS BRASILEIROS,
Vereis amor da patria não movido
De premio vil; mas alto, e quasi eterno;
Que não é premio vil ser conhecido
Por um pregão do ninho meu paterno.
 (CAMÕES, LUSÍADAS. CANTO I, EST. X.)

TEIXEIRA E SOUSA.

APRESENTAÇÃO

Um poema de inspiração para o Brasil


PUBLICAR UM CLÁSSICO COMO O poema épico “A Independência do Brasil” requer coragem e perspectiva além da visão romântica e altruísta. Trata-se de trabalho de fôlego dos editores, que optaram por manter a grafia original, com o cuidado didático de inserir notas de rodapé, explicitações e um brilhante prefácio do organizador Dennys Andrade, que bem lembrou o contexto histórico e literário da criação e edição da obra.

Como descendente dos dois imperadores do Brasil, o primeiro, um soldado constitucionalista; o segundo, o sedimentador do Estado; sinto-me honrado pelo convite de apresentar esta edição histórica, no momento em que o país precisa de Cultura e do resgate da Memória de seus mitos fundadores para olhar com otimismo seu futuro. Logo no início, o poema insere a imagem do Anjo do Brasil, comum no século 19 e praticamente esquecida no século 20.

Em especial, os diálogos entre d. Pedro I e de d. Leopoldina são significativos por sua relação aberta, sincera e plena de amor pelo Brasil, como no trecho em que esta aconselha o marido a abraçar a causa da Independência: “- Não te-deslizes, Pedro, um só instante/ Do mui sincero amor dos Brasileiros/ Sê pois à frente deles tão constante/ como elles teus amigos verdadeiros!/ Contempla este paiz vasto, e brilhante/ E prevê que futuros lisonjeiros!”

Este futuro que nos aguarda e que estamos a construir há 200 anos certamente passa não apenas pelo trabalho do dia a dia, mas também pela poesia, que canta aos nossos ouvidos aquilo que a prosa não pode exprimir.


Luiz Philippe de Orleans e Bragança
Trineto da Princesa Isabel e Deputado Federal

INTRODUÇÃO

A EDITORA BKCC LIVROS TEM A HONRA de presentear os leitores do século XXI com o poema épico original de Antonio Gonsalves Teixeira e Sousa — A Independência do Brasil, iniciando a série de publicações em memória do bicentenário do mais importante evento histórico nacional.

Concebido para doze cantos, foi dedicado, oferecido e consagrado a Sua Majestade Imperial o Senhor D. Pedro II e oferecido às augustas, viúva1 e filhas2 do herói do poema, sendo publicado originalmente pela famosa tipografia carioca Dous de Dezembro, de Francisco de Paula Brito, entre os anos de 1847 (volume 1) e 1855 (volume 2).

A suntuosa obra de 13.352 versos decassílabos, agrupados em 1.669 oitavas-rimas, narra o embate do Demônio do Despotismo com o Anjo do Brasil, em uma sucessão de episódios sobre a historiografia da independência brasileira reproduzidos aqui na íntegra – ipsis litteris – do português da produção original de meados do século XIX.

Além de reproduzir o léxico da época, a manutenção dos vocábulos originais nos permite capturar e reforçar o sentido original das palavras da língua portuguesa, explicando determinada intenção (significado) para uma referência específica (fato). Tratase de uma raríssima oportunidade para estudos linguísticos, ou mesmo, para o interesse do prazer desinteressado das formas de linguagem de uma leitura riquíssima e surpreendente. Machado de Assis discorre, em seu “O instinto de nacionalidade” de 1873, sobre a importância do estudo dos clássicos na formação da identidade nacional e para o pleno domínio do idioma:

“Cada tempo tem o seu estilo. Mas estudar-lhes as formas mais apuradas da linguagem, desentranhar deles mil riquezas, que, à força de velhas se fazem novas, — não me parece que se deva desprezar. Nem tudo tinham os antigos, nem tudo têm os modernos; com os haveres de uns e outros é que se enriquece o pecúlio comum.”

Para corroborar, acrescentamos para os leitores mais jovens ou de vocabulário menos robusto, mais de duas mil notas de rodapé com sinônimos para as palavras incomuns, detalhes sobre os personagens ou uma descrição sucinta sobre os eventos históricos ou alegóricos relacionados por Teixeira e Sousa. Mesclando narrativas históricas e o plano maravilhoso, o épico de Teixeira e Sousa nos convida para um passeio nos grandes painéis históricos e geopolíticos do contexto da Independência brasileira.

No plano histórico ou real, quase todos narrados pelo protagonista, Pedro entretém os companheiros de viagem descrevendo a história da América e, depois, a história lusobrasileira desde a Revolução Francesa, com o rei D. João VI mudando a sede do reino para o Brasil; seu retorno a Portugal; a pressão das cortes; conflitos entre brasileiros e portugueses no Rio; retirada dos lusos para Niterói; a morte do primogênito de Leopoldina; a viagem conciliadora à província das Minas Gerais; Pedro encontra com o velho índio Thomé que lhe narra a história de João Ramalho e o início da colonização; a Assembleia Constituinte no Brasil; a tentação despótica; Proclamação da Independência; o futuro e recomendações a Pedro II.

No plano maravilhoso ou alegórico, a caminho da Província das Minas Gerais, Pedro ouve a profecia de um eremita sobre a independência; o Anjo do Despotismo sai da América com a chegada de D. João VI e atiça as cortes de Lisboa; desce depois ao Inferno, de onde coadunam forças atiçando os conflitos entre brasileiros e portugueses no Rio; o Anjo do Brasil busca a ajuda da Virgem Maria que anuncia o Anjo Gabriel como protetor do Brasil; o Demônio da Discórdia na Bahia; o Anjo do Brasil sobe aos céus em busca de ajuda e ouve o plano divino de cristianização no Novo Mundo; deputados, anjos e demônios nas cortes portuguesas; declaração de guerra e Pedro é tentado pelo Anjo do Despotismo; declaração da Independência e o Anjo dos Destinos apresenta a Pedro, em sonho, o futuro do Brasil.

Teixeira e Sousa, um dos pioneiros do romantismo brasileiro, fugiu do arcabouço pagão greco-romano utilizado pelo renascentista Camões e criou um poema épico onde os heróis cultuam os dogmas da tradição católica, empregando no seu plano maravilhoso a intervenção dos Anjos e dos Demônios da mesma forma que Torquato Tasso em seu épico Jerusalém libertada (1580), submetendo o herói Pedro ao plano divino por obra de uma vontade que é superior à sua.

“Consumou-se o Querer da Divindade,
Que tinha a tua sorte assim marcado;
Pois p’ra Heroe da Brasilea liberdade
Tu foste ha longo tempo destinado!”

Repleta de relatos históricos factuais mesclados com o furioso embate entre anjos e demônios no mundo maravilhoso, o poema épico A independência do Brasil proporciona ao leitor um sem fim de descobertas sobre a nossa própria história e diversos personagens nacionais, heróis e vilões.

Se tais pioneiros valorosos tinham estatura épica mas lhes “carecia um novo Lusíadas” que lhos fizesse jus, como sonhado pelo escritor francês Lamartine, a obra de Teixeira e Sousa ressurge das cinzas cumprindo a profecia como um verdadeiro ode ao Brasil e à sua história.


Dennys Andrade
Editor



PREFÁCIO


AS ARTES TÊM O PODER, EM QUALQUER cultura ou era humana, de cristalizar uma ou mais essências do seu artista para muito além de sua vida. Tal propriedade tende a acontecer especialmente com as grandes obras artísticas produzidas ao longo da História e que conseguiram, para o bel-prazer e desfrute da posteridade, sobre-existir tanto ao rigoroso teste do tempo quanto ao revoltante teste dos bárbaros. E é por esta mediação geracional — e, de acordo com a sua magnitude, até civilizacional —, conduzida pelas artes retidas nas culturas, que podem ser comunicadas as impressões expressas em memoráveis desenhos, esculturas, gestos, textos, sons produzidos pelos grandes artistas e sobre os mais variados dramas, fenômenos e acontecimentos que nos acometeram no passado, que muito testemunhamos ainda no presente, e que, com derradeira expectativa de repetição, recorrerão no futuro.

E este é o efeito mágico de imortalização que uma grande personalidade artística — mesmo que se trate de um anônimo — está perenemente sujeita por suas grandes obras produzidas, especialmente pelas artes. Além disso, quando os artistas se inspiram em alguém para desenvolver suas obras, ele acaba estendendo a sua capacidade de imortalização de si ao outro que ele cita ou referencia. Este poder é uma dádiva destinada aos grandes e que pode até, pela ação de Saturno, ser olvidada, soterrada, perdida, destruída mas que basta ser lembrada, desenterrada, achada, restaurada por qualquer um, em qualquer lugar, mesmo que ocorra décadas, séculos, milênios após sua criação que, com isso, rapidamente se rememora e ressuscita seu autor de eras atrás, que, assim, ressurge, remarca, volta à vida entre as pessoas deste outro tempo futuro, ao retornar flamejando como uma Phoenix à devida atenção merecida de um grande público que jazia boicotado e mutilado de mais um artefato do que havia de melhor, belíssimo, boníssimo já produzido.

Foi o que, no século XIII, São Tomás de Aquino (1225-1274) fez com Aristóteles (c.428 a.C.-c.348 a.C.), que havia desvanecido do conhecimento das pessoas na Europa desde o raiar da Era Cristã e que, desta redivulgação medieval de sua obra filosófica, ressurge quase dez séculos depois para não desaparecer jamais e ainda marcar o mundo inteiro com sua grandeza. Ou, saindo dos ditosos textos e indo aos belos sons, posso citar também como fenômeno de resiliência artística o que ocorreu com o compositor, cravista, organista, violista, violinista alemão, Johann Sebastian Bach (1685-1750), que morreu relativamente desconhecido como mestre de coro da Igreja de São Tomás da cidadezinha de Leipzig, na Alemanha, mas que, cerca de um século após sua morte, retorna por sua vasta e bela obra musical, tal qual uma brasa volta a se incendiar e, por esta imagem, a aquecer os corações do mundo e não mais sair; tudo pelas mãos talentosas do maestro, compositor e musicista alemão, Felix Mendelssohn (1809-1847).

E é por esta dádiva que muito abençoa os artistas, que o grande romancista, dramaturgo e poeta brasileiro do século XIX, nascido em 28 de março de 1812, em Cabo Frio, no Estado do Rio de Janeiro, Antonio Gonsalves Teixeira e Sousa (1812-1861), mais conhecido por Teixeira e Sousa, “retorna à vida” por intermédio de sua arte, que ficou em estado de brasa por mais de um século e que, para o desfrute nosso, ressurge como fogo que acalenta nossas almas e aconchega e amplia nosso imaginário, conhecimento e vocabulário, pela inciativa e mãos do editor e escritor Dennys Andrade, quem nos resgata a grande obra poética épica “A Independência do Brasil”, que consumiu oito anos da vida do poeta Teixeira e Sousa até sua conclusão em 1855.

Teixeira e Sousa, filho de um comerciante, carpinteiro e construtor de barcos português, Manuel Gonçalves, e de uma filha de escravos, Ana Teixeira de Jesus, ficou órfão muito cedo e, teve de abandonar os estudos aos dez anos para trabalhar no ofício paterno como aprendiz de carpinteiro, em Niterói. Aos treze anos, em 1825, muda-se para o Rio de Janeiro para aprimorar-se em sua profissão. Aos 18 anos, tuberculoso, retorna à sua cidade natal, Cabo Frio, para se recuperar, e é neste período que ele começa sua carreira artística literária com a tragédia “Cornélia”, que viria a ser publicada apenas em 1840. Dois anos depois, em 1832, retorna ao Rio de Janeiro para trabalhar como tipógrafo para Francisco de Paula Brito (1809-1861), que era o responsável pelo periódico “A Marmota Fluminense” e que se tornou um grande amigo do escritor. A partir desta simbiose, o primeiro romance escrito por um brasileiro, “O Filho de Pescador”, foi publicado em folhetins por Paula Brito, em 1843. Por esta obra, Teixeira e Sousa é considerado o precursor do Romantismo na Literatura Brasileira.

É na década de 1840 que a carreira poética de Teixeira e Sousa deslancha. Em preparação para seu longo poema “Independência do Brasil”, ele publica “Cantos Líricos I”, em 1841; “Cantos Líricos II”, em 1842; “Os Três Dias de um Noivado”, em 1844; e, finalmente “A Independência do Brasil”, iniciado em 1847 e somente finalizado em 1855. Entre 1849 e 1855, o poeta e romancista trabalha como professor público de instrução primária e também dirige uma tipografia. Publica, em livro, o romance “A Providência”, em 1854, que havia apenas circulado em formato de folhetim nas páginas do jornal “Correio Mercantil”. Em 1855 assume o posto de escrivão da Primeira Vara de Juízo da Cidade do Rio de Janeiro, publicando a tragédia “O Cavaleiro Teutônico ou a Freira de Marienburg” e o romance “As Fatalidades de Dois Jovens: Recordação dos Tempos Coloniais”, no ano seguinte. Em 1859, o escritor nos brinda com o seu último livro, o romance “Maria ou a Menina Roubada”. Dois anos depois, após uma infecção pulmonar que recaiu sobre um homem que já havia sido vítima de tuberculose na adolescência, Teixeira e Sousa morre no Rio de Janeiro, em 1º de dezembro de 1861.

“Escrevo para agradar-vos; junto aos meus escritos o quanto passo de moral, para que vos sejam úteis; junto-lhes as belezas da literatura, para que vos deleitem. Não corrijo este meu escrito, porque essa honra vós lhes fareis!”
— Teixeira e Sousa

O fogo e luz da obra “A Independência do Brasil” que se reacende por este livro, não só nos acalenta como também ilumina um grande pilar da nossa História e, de forma circunstancialmente régia, neste ano especial, em 2022: quando comemoramos o Bicentenário da Independência do Brasil, quando naquele valoroso sétimo dia de setembro de 1822, o país se agigantava e tomava suas rédeas, no controle de seu próprio reino que já nascia com a grandeza de um Império: o maior de toda as Américas.

Esta fantástica e erudita obra — resgatada pela Editora BKCC que, destarte, ratifica neste livro o fenômeno de resiliência artística citado acima, dando prova da sua força atemporal — é um poema épico de grande monta: um histórico (pincelado com símbolos míticos e abordagens teológicas, com direito a descidas ao Inferno tal qual Enéias e Dante fizeram, com o Demônio da Discórdia e seus comparsas atazanando o país em ebulição, mas também com as Ordens Celestiais e Exércitos de Deus agindo para nos protegerem e nos ajudarem) relato da nossa própria independência, espalhado em doze cantos, compostos em oitavas camonianas, de versos decassílabos heroicos no famoso esquema ABABABCC, que, por ele, se permite renovar o fenômeno de ressurgimento existencial de Teixeira e Sousa, em obra que exalta e honra tanto a arte do grande poeta português, Luís de Camões (c.1524-c.1579) quanto a nossa própria e tão relegada História da Independência e o período mais glorioso deste país: o de nossa Monarquia (1822-1889).

O poeta inicia sua obra — em certa medida mítica, em grande medida histórica, e permeada de símbolos cristãos — inflamado pelo Anjo da Glória e invocando a inspiração ao Anjo da Poesia (em invés de uma das nove Musas, filhas da deusa Mnemósine, como era comum serem invocadas para inspiração em muitas artes, como na poesia épica que é regida pela Calíope, em vários períodos e estilo), pois o poeta revela que não precisa mais desses deuses pagãos para cantar os feitos de nossos heróis e a grandeza da nossa Independência, pois já tem o Deus cristão e uma plêiade de Anjos e, como premissa, elege a Musa da Liberdade, o Anjo da Liberdade, como um símbolo da Musa do Brasil, o Anjo do Brasil, independência e liberdade a serem espalhadas pelo Anjo da Poesia. E, a partir desta declaração, ele principia a sua aclamação e narrativa dedicando seu esforço ao então (1855) Imperador do Brasil, D. Pedro II (1825-1891). E destarte, misturando personagens históricos e ficcionais com fatos, símbolos e mitos, ele conta as aventuras, eventos, conflitos e feitos dos anos que antecederam a Independência, como a Revolução Francesa e a chegada da Família Imperial ao Brasil, passando pelas principais vicissitudes que culminam no Brado do Ipiranga, até alguns anos após este marco brasileiro e, quiçá mundial, que é mister recuperarmos em nossa memória, com o foco epopeico no novo herói D. Pedro I (1798-1834), certamente um dos nossos Pais Fundadores.

Além de uma portentosa obra poética, com inúmeras referências mitológicas, bíblicas, artísticas, geográficas, climáticas, o poema “A Independência do Brasil” do Teixeira e Sousa trata-se de um belíssimo documento histórico que nos ajuda a entender as pessoas e seus papéis naqueles anos, lugares e acontecimentos, bem como parte do espírito, das motivações, das opiniões, do ânimo da época e dos sentimentos tanto do povo em geral como dos partícipes cruciais, protagonistas e antagonistas, maiores e menores, reais ou ficcionais, possíveis ou fantásticos, na época da Independência do Brasil, que se dá, como tudo o que acontece entre os homens, nos dois planos existenciais: o Espiritual e o Terreno, muito bem apresentados pelo poeta, bem como os inúmeros acontecimentos no Brasil e fora, acima e abaixo, grandes e já conhecidos ou pequenos e passados desapercebidos pela historiografia disponível, que aqui nos ajuda a ampliar e muito o nosso imaginário sobre este marco histórico que deve ser elevado ao seu devido patamar de importância em nossa cultura e existência.

E que este ressurgimento do memorável Teixeira e Sousa, por uma das suas muitas filhas da Sexta Arte, a mais dignamente humana e a mais hereditariamente divina, na beleza e realeza do poema “A Independência do Brasil”, seja para iluminá-lo por reflexão de seu próprio fogo coruscante sobre nós, rememorando e reavendo nossa identidade e grandeza por sua claridade acalentadora, derretendo nossas ignorâncias, esquentando nossas almas, e reluzindo nossas ideias por muitas e frutíferas gerações.

Cristiano Xavier
30 de agosto de 2022


Livro ‘A independência do Brasil’ entra na Seleção de Livros da Biblioteca Nacional para o Ensino Fundamental 2022 

“A seleção de obras literárias, em prosa e verso, é uma missão que deve ser compartilhada por pais, professores, mediadores de leitura, pesquisadores e por bibliotecas, inclusive, Bibliotecas Nacionais.Trata-se de um passo fundamental para despertar nas crianças e nos jovens o interesse pela leitura. A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) produziu uma seleção de 100 obras literárias de autores qualificados da literatura nacional e internacional, com títulos e traduções em domínio público com foco inicial no Ensino Médio.”

Link para a Seleção da BN: https://nuvem.bn.gov.br/index.php/s/ZeBayJEqaWQ2fWH


ENTREVISTA

Editora BKCC acaba de relançar um esquecido épico brasileiro, A Independência do Brasil, de Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa, autor mais conhecido pelo romance O filho do pescador (1844), considerado por muitos historiadores o primeiro romance brasileiro. Organizado em oitavas rimas, o poema de Teixeira e Sousa foi escrito entre 1847 e 1855, e reconstrói, sob a visão de um poeta romântico que guarda muita influência do período clássico, a história nacional até seu processo de Independência, foco da obra. O especial amor pelo Brasil, traço marcante da geração de Teixeira e Sousa, é a tônica deste monumento que, resgatado pelo editor Dennys Andrade, e que conta com apresentação do príncipe e deputado federal Luiz Phillipe de Orleans e Bragança, volta ao mercado editorial brasileiro depois de quase 200 anos de sua publicação.

Para saber mais sobre a edição, que preserva a grafia original do século XIX e conta com um exaustivo trabalho de pesquisa e nas notas de rodapé, confira a entrevista com o editor Dennys Andrade no site da REVISTA ESMERIL.

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